Em uma demonstração de força, dois aviões bombardeiros estratégicos B-1B da Força Aérea dos Estados Unidos sobrevoaram ontem a Península da Coreia e simularam ataques de mísseis no Mar do Japão, perto da costa leste, antes de se juntar a dois jatos da Coreia do Sul para fazer o mesmo treinamento no Mar Amarelo, perto da costa oeste.
Os dois bombardeiros supersônicos, B-1B saíram da base aérea da ilha de Guam, um território americano no Oceano Pacífico ameaçado, pelo ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un, de ser alvo de uma chuva de mísseis nucleares.
Depois do treinamento na Coreia do Sul, os bombardeiros dos EUA fizeram outro exercício, com caças-bombardeiros do Japão. Foi a primeira vez em que bombardeiros americanos treinaram na mesma noite com as forças aéreas da Coreia do Sul e do Japão.
Esses dois países são os maiores aliados dos EUA na região. Estão sob a ameaça direta das armas nucleares e dos mísseis do regime stalinista de Pionguiangue.
A demonstração de força veio no momento em que um deputado sul-coreano revelou que a pirataria cibernética da ditadura comunista norte-coreana permitiu roubar os planos dos EUA e da Coreia do Sul para uma possível guerra contra a Coreia do Norte.
O jornal Global Times, principal porta-voz do regime comunista chinês para questões internacionais, manifestou grande preocupação com o risco de um "erro de julgamento fatal", capaz de deflagrar uma guerra, dado o tiroteio verbal permanente entre Trump e Kim. A China é a maior aliada da ditadura norte-coreana.
"A comunidade internacional não vai aceitar a Coreia do Norte como potência nuclear. A Coreia do Norte precisa de tempo e de garantias para acreditar que abandonar seu programa nuclear vai contribuir para seu próprio avanço político e econômico", aconselhou o jornal chinês.
"A guerra", acrescentou, "seria um pesadelo para a Península Coreana e arredores. Fazemos um forte apelo aos EUA e à Coreia do Norte para parar com a postura belicosa e pensar seriamente nuam solução pacífica."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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