Em vídeo divulgado pela ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega Díaz, o ex-diretor-presidente da construtora Odebrecht no país, Euzenando Azevedo, afirma ter entregue US$ 35 milhões (R$ 112 milhões) à campanha eleitoral do presidente Nicolás Maduro em abril de 2013, um mês depois da morte do caudilho Hugo Chávez, noticiou o jornal espanhol El País.
Maduro teria enviado América Mata como intermediaria para negociar a entrega. Desde o início do ano, a imprensa venezuelana revela como a Odebrecht subornou políticos locais para conseguir obras e aditivos para aumentar o preço das obras. Azevedo confessou os crimes numa delação premiada no Brasil.
Sob ameaça do regime chavista depois de denunciar a fraudulenta Assembleia Nacional Constituinte convocada por Maduro, Luisa Ortega fugiu de lancha da Venezuela e esteve no Brasil, onde acusou o número dois do regime, o ex-presidente da Assembleia Nacional Diosdado Cabello, de receber US$ 100 milhões (R$ 319 milhões) em propina através de uma empresa espanhola em nome de dois primos.
As obras da Odebrecht no exterior eram financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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