Em mais um ataque às conquistas sociais do governo Barack Obama, o presidente Donald Trump autorizou as empresas e os planos de saúde a negarem o fornecimento de pílulas anticoncepcionais por motivos religiosos. Mais de 55 milhões de mulheres serão afetadas.
As novas diretrizes podem atingir os direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). São o compromisso de uma promessa feita pelo presidente cinco meses atrás nos jardins da Casa Branca: "Não vamos deixar as pessoas de fé serem alvo, serem coagidas ou silenciadas", lembrou hoje o secretário da Justiça, Jeff Session.
Através de uma portaria, o Departamento da Saúde e Serviços Humanos revogou a obrigação de empresas de fornecer anticoncepcionais a suas funcionárias dentro de seus planos de saúde. Os empregados e planos podem alegar uma objeção religiosa.
Os procuradores-gerais da Califórnia, Xavier Becerra, e de Massachusetts, Martha Healey, dois estados tradicionalmente liberais, recorreram à Justiça tentando bloquear as medidas de Trump, que entraram em vigor imediatamente. Eles alegam que a Emenda nº 1 à Constituição dos EUA proíbe o governo de agir "em relação a uma religião estabelecida".
As estatísticas mostram que o número de abortos nos EUA diminuiu a partir de 2014 para o menor nível desde que foi legalizado pela Suprema Corte, em 1973.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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