Em mais uma declaração ultrajante, o presidente Donald Trump afirmou ser mais inteligente do que o secretário de Estado, Rex Tillerson, que o teria chamado de "idiota" e pensado seriamente em abandonar o cargo.
Do alto de sua arrogância, depois de dizer várias vezes que era uma notícia falsa, o presidente sem limites decidiu responder assim mesmo, em entrevista à revista Forbes: "Penso que é uma notícia falsa, mas, se ele disse isso, temos de comparar os testes de quociente intelectual. E posso dizer quem vai ganhar."
Com a habitual autossuficiência, Trump anunciou para breve "um projeto de lei de desenvolvimento econômico que eu acredito que será fantástico que ninguém sabe a respeito, que você está ouvindo falar pela primeira vez."
A fórmula mágica: "São incentivos de desenvolvimento econômico para empresas, incentivos para as empresas ficarem aqui" e "punições severas" para as que deixarem os Estados Unidos. "É um incentivo para que fiquem. Mas talvez seja mais do que isso - se você sair, será muito difícil vender seus produtos no país."
O primeiro presidente vindo diretamente do setor empresarial, representante de um partido que durante décadas defendeu o capitalismo e o livre comércio, quer punir ou recompensar empresas com base no local onde instalam suas fábricas, comenta a Forbes com surpresa.
Trump é um reciprocitário simplista: "Se alguém está cobrando 50%, você tem de cobrar 50%", uma lógica rejeitada por defensores do liberalismo econômico.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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