A popularidade do presidente Donald Trump caiu ao menor nível desde a posse, em 20 de janeiro, com rejeição ao seu desempenho como comandante supremo das Forças Armadas e outras políticas, mas apoio à condução da economia, indica uma nova pesquisa do jornal The Wall Street Journal e da rede de televisão NBC.
Cerca de 38% dos eleitores americanos aprovam o trabalho de Trump, enquanto 58% o reprovam. Entre os republicanos, quase 80% têm uma visão favorável do presidente, mas há uma queda de prestígio em algumas bases eleitorais de Trump.
A maior baixa foi entre mulheres brancas sem curso superior. No mês passado, 50% eram a favor de Trump e 46%, não. Agora, 54% desaprovam o presidente e 40% apoiam seu desempenho na Casa Branca.
Por uma margem de cinco pontos percentuais, 42% a 37%, as políticas econômicas passaram no teste. A pesquisa foi feita depois da notícia de que a economia dos EUA cresceu em ritmo de 3% ao ano no terceiro trimestre de 2017, depois de avançar em ritmo de 3,1% no segundo trimestre.
Se a economia se enfraquecer, a popularidade de Trump vai junto.
O grande apoio ao presidente vem do eleitorado tradicional republicano. Só 36% dos americanos têm uma imagem positiva do presidente. Entre os republicanos, essa aprovação quase chega a 80%.
Depois de bater boca com uma viúva negra de 24 anos grávida de um soldado morto por terroristas no Níger, na África, 53% reprovaram sua atuação como comandante das Forças Armadas e 35% aprovaram. A troca de acusações com o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong Un, não ajudou.
Por 45% a 24%, os americanos preferem manter o acordo de 2015 assinado entre as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Alemanha e o Irã para desarmar o programa nuclear iraniano. Trump ameaça romper o acordo.
A resposta aos furacões Harvey e Irma, que atingiram o território continental dos EUA, foi considerada positiva por 49% e reprovada por 28%, mas a ajuda federal a Porto Rico depois do furacão Maria foi aprovada por 29% e considerada insuficiente por 54%.
Outro problema para a imagem de Trump foi sua reação diante dos jogadores de futebol americano que se ajoelharam na hora do hino nacional em protesto contra a violência policial contra os negros e a impunidade de policiais que matam negros. Nesta questão, o presidente perdeu por 59% a 30%.
Com eleições daqui a um ano, 48% gostariam de ver o Partido Democrata reassumir o controle da Câmara e do Senado, e 41% estão satisfeitos com a maioria republicana.
Sobre as razões dessa decisão, 46% querem eleger mais democratas para que "controlem e equilibrem as ações de Trump e dos republicanos no Congresso". Por outro lado, 28% querem "mais republicanos para ajudar Donald Trump a aprovar seu programa legislativo".
Se forem considerados apenas os eleitores com partido definido, 79% dos democratas querem mais controle sobre Trump e 71% dos republicanos querem ajudar na aprovação das propostas do presidente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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