segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Intervenção na Catalunha vai focar na polícia e nas finanças

Se decidir suspender a autonomia regional e intervir para evitar a independência da Catalunha, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, dará prioridade ao controle da polícia, los Mossos d'Esquadra, e das finanças da Generalitat, noticia hoje o jornal espanhol El País.

As primeiras medidas seriam aprovadas pelo governo espanhol nesta sexta-feira, dependendo da resposta do governador da Catalunha, Carles Puigdemont, se declarou ou não a independência. Como Puigdemont não deve responder nem sim nem não, a intervenção pode ser adiada.

O próximo passo seria a nomeação de um delegado do governo central para governar temporariamente a Catalunha, dissolver o govern e o Parlament, e convocar eleições gerais na província.

Até agora, nenhuma das partes dá sinal de ceder. Quando chegar a hora do diálogo, Rajoy poderá oferecer uma reforma do estatuto de autonomia para dar mais controle ao governo regional sobre suas finanças e infraestrutra.

O argumento econômico a favor da independência é que a Catalunha é a região mais próspera da Espanha depois de Castela, a região de Madri, e sofreu desnecessariamente com as políticas de austeridade adotadas para enfrentar a crise do euro desde 2011 pelo governo conservador de Rajoy.

Sem a Espanha, com a fuga de várias empresas e a necessidade de negociar a adesão à União Europeia a partir de zero, a economia da Catalunha, uma região com 7,5 milhões de habitantes e produto regional bruto de US$ 255 bilhões.

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