domingo, 1 de outubro de 2017

Estado Islâmico reivindica autoria de ataque a faca em Marselha

Através de sua agência de propaganda online Amaq, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivindicou a responsabilidade por um ataque a faca na estação de trens de Saint-Charles, em Marselha, a segunda maior cidade da França. 

Duas mulheres foram assassinadas por volta das 13h45 de hoje (8h45 em Brasília). O terrorista atacou aos gritos de "Alá é o maior!" e foi morto por militares da Operação Sentinela.

"O autor era um soldado do Estado Islâmico", declarou a Amaq. Ele foi identificado pela polícia francesa como Ahmed Hanachi, de nacionalidade tunisiana. A polícia não confirmou a ligação direta com o Estado Islâmico, que faz sua maior doutrinação via Internet.

O agressor tinha antecedentes criminais por uma dezena de pequenos delitos como furto e tráfico de drogas em pequena escala, mas não estava na lista de potenciais suspeitos de terrorismo dos serviços secretos. Já usou sete identidades diferentes, na França e em vários países do Norte da África.

A investigação por "assassinato com intenções terroristas" e "tentativa de assassinato de uma pessoa depositária de autoridade pública" está a cargo do procurador Xavier Tarabeux, da seção do Ministério Público especializada em terrorismo, mas a conexão com o Estado Islâmico não foi confirmada.

O ministro do Interior, Gérard Collomb, preferiu a cautela: "Parece um ato de natureza terrorista, mas no momento não podemos confirmar." A milícia jihadista costuma reivindicar qualquer atentado para fazer propaganda. Certamente inspira esse tipo de ataques, mas isso não quer dizer que tenha ligação operacional com o terrorista.

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