Pelo menos oito pessoas foram mortas e outras 12 feridas quando um homem invadiu uma ciclovia com uma caminhonete, por volta das 15h05 (17h05 em Brasília), e dirigiu por cerca de 20 quadras atropelando pedestres e ciclistas no Sul da ilha de Manhattan, em Nova York.
O terrorista ainda jogou o veículo contra um ônibus escolar. Ao ser interceptado pela polícia, desceu com armas de brinquedo na mão, mas foi baleado e dominado, quando teria gritado "Alá é grande!", por ser um extremista muçulmano.
É o primeiro atentado terrorista com mortes em Nova York desde o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Cinco mortos eram argentinos, uma belga e dois americanos.
O terrorista foi identificado como Sayfullo Saipov, de 29 anos, um cidadão da ex-república soviética do Usbequistão que vive nos Estados Unidos desde 2010. Tem um endereço na Flórida, mas nos últimos meses morava em Paterson, no estado de Nova Jérsei, vizinho de Nova York, e trabalhava como motorista de Uber. Ele deixou uma nota jurando legaldade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Desde 14 de julho de 2016, quanto um terrorista atropelou e matou 86 pessoas e feriu outras 458 em Nice, no Sul da França, houve vários ataques terroristas cometidos por extremistas muçulmanos com veículos, em Berlim, na Alemanha; em Estocolmo, na Suécia; em Barcelona, na Espanha; e três vezes em Londres, no Reino Unido. O método é usado há mais tempo em Israel.
Era só uma questão de tempo chegar aos EUA, como comentou um motorista de Uber sul-coreano que me levou do aeroporto ao hotel quando cheguei a Nova York em junho deste ano.
Na Times Square, no centro da zona de teatros da cidade, há enormes blocos de concreto protegendo a área de pedestres. É impossível proteger toda a cidade contra um ataque de veículos, mas o acesso a ciclovias pode ser bloqueado.
O presidente Donald Trump atribuiu o ataque à organização terrorista Estado Islâmico e chamou o terrorista de perturbado mental.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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