quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Decisão sobre independência divide governo da Catalunha

A tensão aumenta no governo regional da Catalunha dois dias antes da reunião do Senado para aprovar a intervenção do governo central e impedir a divisão do país. Enquanto o governador Carles Puigdemont está decidido a proclamar a independência unilateralmente se Madri aplicar o artigo 115 da Constituição da Espanha para suspender a autonomia da Catalunha, alguns conselheiros (secretários) ameaçam pedir demissão.

Até agora, o movimento pela independência tenta evitar um choque direto com o governo central, embora não pareça nenhum outro resultado de negociações que não a independência. O primeiro-ministro conservador espanhol, Mariano Rajoy, também não cede, alegando que o governo regional catalão violou a lei ao organizar um plebiscito sobre a independência à revelia da Constituição.

O conselheiro Santi Vila estaria prestes a renunciar, informou o jornal La Vanguardia, de Barcelona. Seus colegas Meritxell Borras, Carles Mundó e Toni Comín fariam a mesma ameaça, embora este último negue pelo Twitter.

Puigdemont fala amanhã em sessão de emergência do Parlament, o parlamento catalão. Pode colocar em votação a declaração de independência unilateral ou simplesmente proclamá-la antes do Senado espanhol aprovar a intervenção do governo central. A intervenção vai limitar os poderes do Parlament até a realização, dentro de seis meses, de eleições na Catalunha.

Outra possibilidade é a mesa diretora do parlamento catalão não colocar na ordem do dia desta quinta-feira a declaração de independência. O objetivo, no caso, da ala moderada do movimento pela independência é deixar Madri tomar a iniciativa política com a intervenção e a repressão. A dura resposta de Madri acabaria fortalecendo a luta pela independência. Uma declaração unilateral de independência justificaria a intervenção.

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