Dezoito estados e o distrito federal recorreram a um tribunal federal da Califórnia, nos Estados Unidos, para barrar o decreto do presidente Donald Trump que cortou os subsídios federais ao programa do governo Barack Obama para garantir cobertura universal de saúde a todos americanos, noticiou o boletim de notícias PoliticusUSA.
Os subsídios reduzem o preço do seguro-saúde para os mais pobres. Chegariam a US$ 7 bilhões em 2017 e US$ 10 bilhões por ano nos próximos dez anos.
Trump também permitiu que as empresas vendam planos de saúde com cobertura apenas parcial para cobrar menos de pessoas jovens e sadias. Essas duas medidas devem aumentar muito os preços para idosos e pessoas com doenças graves, deixando-as fora do mercado.
Em sua estratégia de desmontar a Lei de Cobertura de Saúde a Preços Acessíveis, do governo Obama, o presidente já havia autorizado as empresas e os planos de saúde a não pagar anticoncepcionais por "objeção religiosa". Agora, tira os subsídios e permite oferecer coberturas parciais, com exclusões de doenças.
Pelos cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), um órgão bipartidário, mais de 20 milhões correm o risco de perder seus seguros-saúde nos próximos anos. O impacto sobre as camadas mais pobres será enorme.
"No que concerne aos subsídios, eu não quero enriquecer as companhias de seguro-saúde", justificou Trump. "Elas estão ganhando uma fortuna com esse dinheiro."
O presidente tenta assim minas o Obamacare, um programa bastante popular. Por isso, 18 estados ameaçados de perder subsídios que permitem oferecer um serviço de saúde melhor recorreram à Justiça: Califórnia, Carolina do Norte, Connecticut, Delaware, Kentucky, Illinois, Iowa, Maryland, Massachusetts, Minnesota, Nova York, Novo México, Oregon, Pensilvânia, Rhode Island, Vermont, Virgínia, Washington e o Distrito de Colúmbia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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