O governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) concordaram em remover minas e outros explosivos das zonas de combate, anunciou hoje a agência de notícias Merco Press. É mais um avanço rumo a um acordo de paz definitivo capaz de acabar com uma guerra civil que já dura 66 anos e matou entre 400 e 500 mil pessoas.
Durante décadas de conflito, a Colômbia se tornou um dos países mais minados do mundo. Só nos últimos 15 anos, 11 mil pessoas foram mortas ou feridas por minas e explosivos abandonados em frentes de batalha. Em 2013, foi o segundo país, depois do Afeganistão, com o maior número de crianças mortas por minas, 57, de acordo com a Campanha para Banir Minas Terrestres e a Coalizão contra Munições de Fragmentação.
Até agora, o governo e a guerrilha esquerdista chegaram a acordos preliminares sobre reforma agrária, fim do tráfico de drogas e reintegração dos guerrilheiros à vida civil, mas ainda discutem a desmobilização, as reparações às vítimas e as punições a quem cometeu crimes de guerra. O acordo de paz terá de ser ratificado em referendo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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