segunda-feira, 25 de junho de 2018

Greve e protestos indicam agravamento da crise econômica no Irã

Muitas lojas do Grande Bazar de Teerã não abriram ontem numa greve de protesto e uma nova onda de manifestações sinalizaram um agravamento da crise econômica do Irã, com a desvalorização da moeda e o aumento dos juros desde que o governo Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear para desarmar o programa nuclear do país.

Se o fim das sanções e a volta do Irã ao mercado internacional não tiveram o impacto positivo esperado sobre a economia do país, a volta das sanções e a suspensão de investimentos externos trouxeram de volta o fantasma da crise que levou o regime dos aiatolás às negociações com as cinco grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha.

Os protestos são destaque do noticiário iraniano, inquietando as autoridades da República Islâmica, que costumam responder com repressão e manifestações paralelas a favor do regime.

Como os EUA aplicam sanções cruzadas, as empresas de outros países que fizerem negócios com a Irã poderão ser penalizadas e perder o direito de acesso ao mercado americano e a transações em dólar dentro sistema financeiro.

Pelas exigências feitas pelo secretário de Estado americano, Mike Pompeo, para reabrir o diálogo, retirada de forças iranianas de outros países e fim do apoio a grupos extremistas e da interferência em outros países do Oriente Médio,   parece claro que a política do governo Trump para o Irã é mudança de regime.

O Irã também fez demandas inaceitáveis para Washington, como a retirada dos EUA do Afeganistão e o fim do apoio a Israel. Não há perspectiva de reaproximação entre os dois governos enquanto Trump estiver no poder.

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