quarta-feira, 6 de junho de 2018

EUA aumentam patrulhamento no Mar do Sul da China

Num desafio à reivindicação de soberania da China sobre 90% do Mar do Sul da China, bombardeiros B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos passaram perto ontem das disputadas Ilhas Spratly, no Mar do Sul da China, revelou hoje a rede de televisão americana CNN.

Os EUA também pretendem enviar navios de guerra para atravessar o Estreito de Taiwan em bases regulares. A última vez que um porta-aviões americanos passou por lá foi em 2007.

As medidas alimentam a tensão e a rivalidade entre as duas superpotências.

A China reforçou sua presença militar no Mar do Sul da China, onde construiu ilegalmente várias ilhas artificiais, com a instalação de equipamentos para guerra cibernética e mísseis antiaéreos nas ilhas Paracel e Spratly. Brunei, as Filipinas, a Indonésia, a Malásia, Taiwan e o Vietnã têm disputas territoriais com a China na região.

Em 29 de maio, durante conferência sobre segurança em Cingapura, o secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, afirmou que o país vai continuar "batendo tambor com firmeza" em manobras militares navais para contestar a reivindicação chinesa de soberania.

O Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda, rejeitou em 12 de julho de 2016 o mapa usado pela China para alegar soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, em ação proposta pelas Filipinas. O regime comunista chinês ignorou a decisão.

Em 1996, o então presidente Bill Clinton mandou a Marinha dos EUA para o estreito quando a China ameaçava a eleição presidencial em Taiwan. Beijim considerou uma humilhação. Hoje, conta com porta-aviões, mísseis e satélites instalados para evitar uma repetição do desafio.

No momento, a China pressiona as companhias aéreas internacionais a usarem Taiwan, China, em seus voos para a ilha que o regime comunista chinês considera uma província rebelde. O governo Donald Trump não quer que as empresas americanas se submetam à exigência.

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