O ministro Anthony Kennedy anunciou hoje aos 81 anos que vai se aposentar, dando ao presidente Donald Trump a oportunidade de nomear mais um juiz para a Suprema Corte, alterando o atual equilíbrio para garantir uma maioria conservadora.
Desde que foi indicado pelo presidente republicano Ronald Reagan, em 1987, Kennedy tem sido uma espécie de fiel da balança numa série de votações apertadas divididas em 5-4. Votou com os conservadores para proteger a liberdade religiosa e manter o resultado da eleição presidencial do ano 2000. Ficou com a ala progressista em temas como o casamento e o direito ao aborto.
Trump prometeu começar imediatamente a examinar nomes para o supremo tribunal americano de uma lista já preparada de 25 juristas: "Será alguém daquela lista", antecipou o presidente, elogiando Kennedy como um "grande juiz", com uma "grande visão" e um "tremendo coração".
O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, declarou que o substituto poderá ser aprovado antes das eleições de meio de mandato, em novembro, quando o Partido Republicano pode perder a maioria nas duas casas do Congresso.
Na rede de televisão CNN, o analista de assuntos jurídicos Jeffrey Toobin, autor de um livro sobre a Suprema Corte, previu que o direito ao aborto será revogado dentro de um ano e meio.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário