A oito dias da eleição presidencial, o México fica sabendo que bateu mais um triste recorde. Em maio, o total de homicídios dolosos, com a intenção de matar, chegou a 2.890, uma média de 93 assassinatos por dia e quatro mortos por hora, revelou ontem o Sistema Nacional de Segurança Pública.
Maio foi o mês com o maior número de homicídios desde que as autoridades federais começaram a compilar estatísticas. Até agora, era março de 2017, com 2.746 assassinatos.
De janeiro a maio de 2018, o total de assassinatos foi de 13.298 mortes, 21% a mais do que no mesmo período no ano passado. Os estados mexicanos com as maiores índice de homicídios são Colima, Baixa Califórnia, Guerreiro, Chihuahua e Guanajuato.
No ritmo atual de violência assassina, este ano deve superar o recorde de 28.710 de 2017. A expectativa do diretor-geral do Observatório Nacional Cidadão, Francisco Rivas, é e um aumento de 5,5% nos homicídios e de 15% nos casos de feminicídio em 2018.
O aumento da violência no México nas últimas décadas está ligado ao poder crescente das máfias do tráfico de drogas para os Estados Unidos, que agem com grande impunidade. "Há uma série de negócios ilícitos que seguem prosperando, uma falta de ações contundentes e uma carência importante de Estado. Um delito que não se pune é um delito destinado a crescer", afirmou Rivas.
Ele não vê no líder das pesquisas, o esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), que hoje tem uma vantagem de 23 pontos percentuais sobre o segundo colocado, Ricardo Anaya, do Partido de Ação Nacional (PAN), "clareza em uma proposta de segurança pública. Sua proposta é extremamente ingênua e contraditória que não leva a pensar que vá melhorar as condições de segurança."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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