Numa ameaça de escalada rumo a uma guerra comercial, o presidente Donald Trump pediu a assessores que identifiquem uma lista de produtos chineses importados no valor de US$ 200 bilhões para aplicar tarifas de 10%, se a China não aceitar sua exigência de reduzir o déficit dos Estados Unidos no comércio bilateral, de US$ 375 bilhões no ano passado.
O governo Trump anunciou em 15 junho que os EUA passarão a cobrar tarifas de 25% sobre produtos chineses importados no valor de US$ 34 bilhões por ano a partir de 6 de julho e que estudam uma lista com produtos no valor US$ 16 bilhões. Prometeu assim sobretaxar um total de US$ 50 bilhões em importações anuais da China.
Imediatamente, a China prometeu fazer exatamente o mesmo nos mesmos valores e nas mesmas datas, para fúria de Trump: "Desafortunadamente, a China decidiu aumentar as tarifas sobre US$ 50 bilhões em importações dos EUA", declarou o presidente na mensagem em que pediu ao representante comercial do país, Robert Lighthizer, a nova lista de US$ 200 bilhões.
"Se a China aumentar suas tarifas de novo, vamos responder com tarifas adicionais sobre US$ 200 bilhões em bens", advertiu Trump. Mais uma vez, o governo chinês alerta: vai responder na mesma moeda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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2 comentários:
nesta historia, vamos saber quem quer perder os aneis ou os aneis e os dedos.
Numa guerra comercial entre grandes potências, perdem todos, inclusive o Brasil.
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