O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje um acordo para emprestar até US$ 50 bilhões à Argentina em três anos, mais do que os US$ 30 bilhões previstos inicialmente. O presidente Mauricio Macri considerou "um ponto de partida importantíssimo".
"Este é um plano feito pelo governo argentino, com o objetivo de fortalecer a economia em benefício de todos os argentinos. Tenho satisfação de que possamos contribuir com este esforço oferecendo nosso apoio financeiro, que vai aumentar a confiança do mercado, dando às autoridades tempo de resolver uma série de antigas vulnerabilidades", declarou em nota a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde.
O ajuste fiscal previsto para este ano mantém a meta de déficit primário já estabelecida pelo governo Macri em 2,7% do produto interno bruto. A meta para 2019 cai de 2,2% para 1,3%. Em 2020, as contas públicas da Argentina devem estar equilibradas.
As novas metas de inflação são 17% em 2019, 13% em 2020 e 9% em 2021.
Em uma medida considera "histórica" pelo atual presidente do banco central argentino, Federico Sturzenegger, o BC não poderá mais financiar o déficit público imprimindo dinheiro. Isso reforça a autonomia operacional da autoridade monetária.
As negociações foram rápidas. Em 8 de maio, o presidente argentino avisou que recorreria ao FMI, causando a reação negativa da esquerda peronista, que associa o Fundo à crise deflagrada em 2001 pelo colapso da dolarização do governo Carlos Menem (1989-99).
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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