Guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) que não aceitaram o acordo de paz com o governo colombiano anunciaram em vídeo a formação de um novo grupo rebelde, a Força Unida do Pacífico (FUP).
As autoridades suspeitam que o novo grupo seja responsável pela morte de três jornalistas equatorianos sequestrados em março na fronteira entre os dois países. AFUP pode ganhar novos adeptos e mais força dependendo do resultado do segundo turno da eleição presidencial na Colômbia, a ser realizado em 17 de junho.
O candidato mais votado no primeiro turno, o direitista Iván Duque, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, é crítico de alguns aspectos do acordo, como a anistia a guerrilheiros que cometeram crimes de sangue.
Depois de cinco anos de negociações, a Colômbia está mais perto de acabar com uma guerra civil em que 500 mil pessoas morreram nos últimos 70 anos. As negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), segundo maior grupo guerrilheiro, depois das FARC, estão em andamento, mas o surgimento deste novo grupo e o envolvimento de antigos membros das FARC com o crime organizado, especialmente o tráfico de drogas, complicam a pacificação.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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