A uma semana das eleições para 3 mil cargos, as maiores da história do México, o candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador, do Movimento de Renovação Nacional (Morena) é o franco favorito para presidente.
AMLO aumentou para 23 pontos sua vantagem sobre o direitista Ricardo Anaya, do Partido de Ação Nacional (PAN). A aliança que o apoia pode obter maioria absoluta na Câmara e no Senado.
Na média das pesquisas, López Obrador tem 49,6% das preferências do eleitorado, com 27% para Anaya e 20,4% para José Antonio Meade, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que governou o México desde sua fundação, em 1929, até o ano 2000 e voltou ao poder com o atual presidente Ernesto Peña Nieto.
Como no México não há segundo turno, o jornal espanhol El País dá a AMLO, como é conhecido popularmente, 95% de chance de conquistar a Presidência.
Em aliança com o Partido do Trabalho (PT) e o Partido do Encontro Social (PES), o Morena pode ter maioria absoluta na Câmara e no Senado. Isso daria a AMLO o direito de aplicar seu programa de reformas radicais.
Com 159 deputados do Morena, 51 do PT e 47 do PES, a aliança governista teria, na média das pesquisas, 258 das 500 cadeiras da Câmara dos Deputados. Por causa da imprecisão de pesquisas anteriores e do sistema eleitoral, a margem de erro é de mais ou menos 40 deputados.
Dos 500 deputados, 300 são eleitos por maioria relativa em distritos uninominais, o que leva as coalizões a apresentar um candidato único. Os outros 200 são eleitos pelo voto proporcional.
Pelo artigo 54 da Constituição do México, para evitar o poder exagerado que o PRI teve no passado, nenhum partido pode ter mais de 300 deputados na Câmara nem uma porcentagem de deputados oito pontos percentuais maior do que o percentual de votos.
Para o Senado, a aliança de esquerda tem 46% dos votos contra 33% do PAN e 21% do PRI.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
domingo, 24 de junho de 2018
López Obrador está perto da vitória com maioria no Congresso
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