O candidato conservador Iván Duque, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, é o favorito em todas as pesquisas, com uma média de 51%, e deve ser eleito neste domingo presidente da Colômbia. Seu rival, Gustavo Petro, ex-guerrilheiro e ex-prefeito verde de Bogotá, tem 37% das preferências. Os outros 12% pretendem votar em branco, anular o voto ou não votar.
No primeiro turno, Duque, do Centro Democrático, teve 39% dos votos contra 25% para Petro, da aliança Colômbia Humana. A boa votação de outros candidatos de esquerda não se transferiu para o ex-prefeito da capital colombiana.
Ontem, Antanas Mockus e Claudia López, do partido Aliança Verde, que apoiou Sergio Fajardo no primeiro turno, anunciaram o voto em Petro. A ex-senadora e ex-candidata a presidente Íngrid Betancour, sequestrada pelas FARC de 2002 a 2008, veio da França para manifestar seu apoio.
Uma projeção das pesquisas feita pelo jornal espanhol El País deu a Duque 80% de chance de vitória contra 20% para Petro. Como as pesquisas de opinião na Colômbia costumam apresentar erros, o esquerdista ainda tem alguma chance.
A margem de erro pode chegar a 9% para mais ou para menos. Se a margem de erro foi igual à do primeiro turno, de 3,3 pontos percentuais em média, Duque tem 90% de chances
Esta é a primeira eleição presidencial depois da assinatura do acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), em 24 de novembro de 2016. O Exército de Libertação Nacional, que negocia a paz, declarou uma trégua no primeiro e no segundo turnos.
O candidato do governo Juan Manuel Santos, o grande negociador da paz, ficou fora do segundo turno. Duque e seu patrono Uribe são grandes críticos do acordo, especialmente da anistia aos guerrilheiros que cometeram crimes de sangue. Pode mexer na anistia, mas não vai revogar o acordo nem deve abandonar o diálogo com o ELN.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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