A pedido do procurador especial Robert Mueller, a Justiça dos Estados Unidos ordenou hoje a prisão do ex-chefe da campanha eleitoral do presidente Donald Trump.
Paul Manafort foi denunciado por coagir testemunhas a mentir sob juramento enquanto estava em liberdade sob fiança. Ele vai responder na prisão ao processo por lavagem de dinheiro e conspiração contra a lei federal.
"Não podia virar os olhos para isso", explicou a juíza federal de primeira instância Amy Berman Jackson. "Você abusou de confiança que lhe foi dada seis meses atrás." O julgamento deve começar em setembro.
No início do mês, Mueller denunciou Manafort por "perjúrio mediante suborno" ao manter contato com uma testemunha através de um programa de mensagens codificadas, de acordo com uma testemunha de acusação. O procurador especial investiga um possível conluio da campanha de Trump com o Kremlin.
A juíza admitiu que era "uma decisão extremamente difícil", mas entendeu que o réu não lhe deu outra opção. "Esta audiência não é sobre política. Não é sobre a conduta do escritório do procurador especial. É sobre a conduta do réu."
Ao comentar o caso no Twitter, o presidente Donald Trump declarou que Manafort foi tratado de maneira "muito injusta": "Uau! Que sentença dura para Paul Manafort, que representou Ronald Reagan, Bob Dole e outros grandes políticos e campanhas. Não sabia que Manafort era parte da máfia. O que dizer de Come e da Hillary Cafajeste? Muito injusto."
Manafort abanou para a mulher e foi diretamente do tribunal para a cadeia. Pouco antes das 20h30 (21h30 em Brasília) desta sexta-feira, deu entrada na prisão regional de Varsóvia, no estado da Virgínia, a cerca de 140 quilômetros a sudoeste de Washington, como o prisioneiro nº 45343.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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