sexta-feira, 1 de junho de 2018

Índice de desemprego nos EUA cai para 3,8%

O mercado de trabalho dos Estados Unidos superou a expectativa em maio, gerando 223 mil postos de trabalho a mais do que fechou, acima da expectativa média dos economistas, que era de 188 mil vagas, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. 

A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, caiu para 3,8%. É a menor desde abril de 2000, mês anterior ao estouro da bolha de empresas da Internet. Com a perspectiva de alta dos juros, o dólar se fortaleceu ainda mais. No Brasil, subiu 0,76% para 3,76.

Sob pressão de uma oferta de mão de obra escassa, o salário médio subiu em ritmo de 2,7% ao mundo, em comparação com 2,6% em abril. O saldo de novos empregos em abril foi revisado para baixo, de 164 para 159 mil. Em maio, houve uma forte aceleração do mercado de trabalho, com 63 mil vagas.

O ritmo de contratações caiu abaixo da expectativa dos analistas em março e abril, depois de um fevereiro excepcional, com aumento de 324 mil postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, a maior economia do mundo criou 190 mil empregos por mês.

Entre as mulheres, o índice de desemprego está em 3,6%, o menor desde 1953, quando a participação da mulher no mercado de trabalho era muito menor. A taxa para trabalhadores de mais de 24 anos sem segundo grau completo está em 5,4%.

O índice de desemprego amplo, que inclui subempregados que trabalham em meio expediente sem contrato de trabalho e quem desistiu de procurar emprego, caiu de 7,6% para 6,9% em maio.

Diante destes números, os economistas preveem um crescimento maior no segundo trimestre, num ritmo anual de 4,1%, depois de um aumento do produto interno bruto numa taxa anual de 2,2% no primeiro trimestre de 2018.

Neste cenário, a expectativa é de alta na taxa básica de juros de curto prazo na próxima reunião Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, em 12 e 13 de junho, e ao menos mais duas vezes até o fim do ano.

Pouco mais de uma hora antes do anúncio oficial, o presidente Donald Trump quebrou mais uma vez o protocolo ao festejar o relatório, que tem forte impacto sobre o mercado financeiro e por isso deve ser despolitizado.

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