Num duro golpe nos sindicatos do serviço público, por 5 a 4, a maioria conservadora da Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu a cobrança de mensalidades e taxas obrigatórias, decidindo que só deve pagar quem quiser.
"Os empregados devem escolher apoiar o sindicato antes de qualquer coisa ser cobrada deles", escreveu o relator, ministro Samuel Alito. Caso contrário, estariam financiando as mensagens oficiais do sindicato mesmo sem concordar com elas, numa violação dos direitos de liberdade de expressão e de livre associação para fins pacíficos garantidos na Emenda nº 1 à Constituição dos EUA.
Na Casa Branca, o presidente Donald Trump festejou "uma grande perda para os cofres do Partido Democrata".
A decisão deve abalar ainda mais o movimento sindical americano, que está em declínio há décadas, com queda no número de trabalhadores associados, especialmente no setor privado.
"O caso é uma manobra política para eliminar o poder das pessoas que trabalham de sustentar suas famílias e o poder de seus sindicatos", protestou Harold Schaitberger, presidente da Associação Internacional de Bombeiros, que representa 85% dos bombeiros e paramédicos dos EUA.
Os atuais ministros revogaram uma decisão da Suprema Corte de 1977, que autorizava os sindicatos do setor público a cobrar taxas. Esse dinheiro poderia cobrir despesas administrativas, mas não ser empregado em atividades políticas dos sindicatos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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