A Comissão Europeia já tem um plano para evitar um calote da Grécia. O documento vazado hoje pelo jornal grego To Vima revela que a União Europeia deve liberar uma parcela de 7,2 bilhões de euros que o governo grego espera desde fevereiro. A UE não confirmou.
Com esse dinheiro, equivalente a mais de R$ 24 bilhões, o governo radical de esquerda da Grécia poderá honrar os pagamentos devidos ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em junho e ao Banco Central Europeu (BCE) em julho e agosto.
Na proposta encaminhada ontem ao primeiro-ministro Alexis Tsipras, o presidente da CE, Jean-Claude Juncker, exige em troca que a Grécia realize reformas econômicas e fiscais a partir de junho para poupar 5 bilhões de euros por ano, reduzindo a pressão por um ajuste fiscal mais rigoroso..
Desde que se tornou incapaz de pagar sua dívida pública, em 2009, a Grécia recebeu uma ajuda de 240 bilhões de euros (R$ 813 bilhões), da qual a parcela de 7,2 bilhões faz parte. Em troca, a UE, o FMI e o BCE impuseram um rigoroso programa de ajuste de contas. A economia entrou em depressão e o PIB caiu 25%. Tinha voltado a crescer, mas encolheu de novo no primeiro trimestre de 2015.
O governo da Coligação de Esquerda Radical (Syriza) foi eleito em janeiro de 2015 com a promessa de abandonar o programa de austeridade fiscal. Até hoje, não apresentou um plano de aumento de arrecadação e cortes nos gastos públicos capaz de convencer seus 18 parceiros na Zona do Euro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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