Apesar das denúncias de corrupção que pesam sobre a FIFA (Federação Internacional de Futebol Associativo), o presidente da entidade, Joseph Blatter, foi reeleito hoje com a desistência do único desafiante, o príncipe jordaniano Ali ben Hussein.
Na primeira votação, Blatter, chefão da FIFA desde 1998, obteve 133 votos, menos do que os dois terços das 209 federações associadas. Sua vitória é mais uma página sombria na história do futebol mundial.
Há dois dias, sete dirigentes da FIFA foram presos em Genebra, na Suíça, a pedido do governo dos Estados Unidos, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin, sob a acusação de corrupção e fraude nas votações para escolha dos países organizadores das Copas do Mundo de 2010, 2018 e 2022 e na venda dos direitos de transmissão de torneios.
Na ocasião, a ministra da Justiça dos EUA, Loretta Lynch, prometeu "acabar com a corrupção no futebol mundial". Só lá o desvio de recursos para enriquecimento ilícito de dirigentes esportivos já comprovado chega a US$ 150 milhões, quase R$ 500 milhões.
Aqui no Brasil, a Polícia Federal abriu inquérito e o Senado deve criar uma Comissão Parlamento de Inquérito a pedido do agora senador Romário, marcando mais um gol de placa para a cartolagem. É uma oportunidade única para iniciar uma profunda reforma do futebol brasileiro e evitar novas humilhações como os 7-1 contra a Alemanha.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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