Se estivesse no lugar do irmão na Casa Branca, o ex-governador da Flórida Jeb Bush, aspirante à candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos e, 2016, também invadiria o Iraque atrás das supostas armas de destruição em massa da ditadura de Saddam Hussein, que não existiam.
Em entrevista hoje à televisão Fox News, porta-voz do conservadorismo americano, Jeb alegou que a invasão do Iraque, considerado o maior erro de seu irmão George W. Bush, foi decidida com base em "informações falsas" sobre os programas de armas químicas, biológicas e nucleares do Iraque.
"Eu teria invadido assim como Hillary Clinton teria invadido, só para lembrar a todos. E o mesmo teria feito quase todos os que fossem confrontados com os relatórios de inteligência", declarou Jeb, recordando que Hillary votou a favor da guerra no Iraque.
A seguir, alegou que foi "a inteligência que todo o mundo viu, que o mundo viu, e era falsa. A propósito, adivinha quem pensa que esses erros realmente aconteceram? George W. Bush. Sim, quero dizer então para o mundo dos flashes noticiosos, se estão querendo encontrar diferenças entre mim e meu irmão, este não é um dos pontos", acrescentou Jeb.
No Reino Unido, o governo Tony Blair, maior aliado de George W. na invasão do Iraque, distorceu deliberadamente os relatórios de inteligência, a ponto de afirmar que o governo Saddam Hussein poderia contra-atacar com armas químicas em 45 minutos. Isso foi desmentido por um cientista do Ministério da Defesa que acabou se suicidando.
Quando concorreu à Casa Branca, em 2004, o atual secretário de Estado americano, John Kerry, na época senador, com acesso a relatórios da inteligência, declarou num dos debates com George W. Bush que 34 países representavam ameaças maiores aos EUA do que Iraque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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