Em mais uma tentativa de conter a desaceleração da segunda maior economia do mundo, o Banco Popular da China (BPC) anunciou hoje a terceira redução em suas taxas básicas de juros em seis meses. A medida entra em vigor nesta segunda-feira, noticiou o jornal The New York Times.
A taxa que o banco central chinês cobra por empréstimos de um ano para financiar os bancos caiu 0,25 ponto percentual para 5,1% ao ano. A taxa que o banco central paga pelo dinheiro depositado pelos bancos no BPC baixou 0,25 ponto percentual para 2,25% ao ano.
Além da desaceleração, as autoridades monetárias chinesas estão preocupadas com o volume de dívidas do sistema financeiro por causa da rápida expansão do crédito nos últimos anos para enfrentar a crise financeira internacional. A explosão de uma bolha financeira ou imobiliária agravaria a situação econômica do país.
"O tamanho crescente da dívida está forçando a China a usar uma grande quantidade de recursos para pagar e refinanciar as dívidas", declarou na sexta-feira o relatório de política monetária do BPC, indicando que haveria menos espaço para aumentos nos gastos públicos.
A economia chinesa cresceu 7,4% em 2014, seu pior resultado desde 1990. No primeiro trimestre, avançou em ritmo de 7% ao ano, invejado pela imensa maioria do resto do mundo. Ainda assim, é o ritmo mais fraco em 25 anos e o desenvolvimento legitima o regime comunista.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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