O Departamento de Estado retirou hoje oficialmente Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo, abrindo caminho para que o país possa manter contas bancárias nos Estados Unidos e assim reabrir sua embaixada em Washington selando o reatamento diplomático entre os dois países depois de 54 anos. O boicote econômico à ilha continua.
A normalização total das relações EUA-Cuba depende do fim do embargo, que se baseia em leis aprovadas pelo Congresso e só pode ser revogado por deputados e senadores. Como o Partido Republicano tem maioria absoluta tanto na Câmara como no Senado, o fim do embargo terá de esperar mais um pouco.
Na prática, o número de americanos que visitam a ilha aumentou seus vezes desde o anúncio do reatamento, em 17 de dezembro de 2014. Há um novo dinamismo no mercado imobiliário na ilha, com restauração de prédios históricos na Velha Havana à espera das crescentes oportunidades de negócios. Mas é evidente que o regime comunista não pretende promover nenhuma abertura política.
Cuba foi incluída na lista em 1982, no governo Ronald Reagan (1981-89), sob a alegação de fornecer treinamento, armas e refúgio para grupos guerrilheiros em atividade na América Latina. Em 14 de abril de 2015, o presidente Barack Obama anunciou a intenção de remover Cuba da lista negra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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