O líder de um grupo de oposição civil no Burúndi, Gordien Niyungeko, conclamou a população a sair às ruas e manter os protestos contra o presidente Pierre Nkurunziza, que acaba de sobreviver a uma tentativa de golpe militar. Todos os quatro generais golpistas estão presos.
A polícia chegou atirar nos manifestantes, acusados de cumplicidade com os rebeldes. Niyungeko alega não ter nada a ver com o golpe fracassado no pequeno e pobre país do centro da África.
A revolta popular começou há três semanas, quando o presidente anunciou a intenção de concorrer a um terceiro mandato, violando o limite imposto pela Constituição. O Tribunal Constitucional o autorizou, sob o argumento de que sua primeira eleição, em 2005, foi indireta. Mas multidões tomaram as ruas.
Em 13 de maio de 2015, quarta-feira, o general Godefroid Niyombare anunciou o golpe, quando Nkurunziza estava na Tanzânia, onde discutiu a crise numa reunião dos países da Comunidade da África Oriental. Os golpistas tentaram impedi-lo de voltar ao país, mas enfrentaram feroz resistência das forças de segurança legalistas.
Na quinta-feira, o presidente reassumiu o poder. Niyombare foi o último líder golpista a ser preso. Pelo menos cinco pessoas morreram na tentativa de golpe.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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