Pelo menos 20 pessoas foram mortas hoje numa batalha entre as forças de segurança do Iraque e a milícia extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante pelo controle da cidade de Faluja, informou a agência oficial de notícias chinesa Nova China.
Três terroristas suicidas explodiram carros-bomba que mataram dez soldados iraquianos e feriram outros oito. As forças iraquianas contaram com o apoio da Força Aérea dos Estados Unidos, que bombardeou os rebeldes matando pelo menos sete.
A batalha de Faluja, na província de Ambar, acontece num momento em que o Exército do Iraque e as milícias aliadas enfrentam o Estado Islâmico em várias regiões do país.
A cidade foi palco de violentas batalhas durante a invasão americana ao Iraque. Depois que quatro americanos da empresa de segurança privada Blackwater foram mortos, arrastados e humilhados, em abril de 2004, os EUA contra-atacaram, matando 600 pessoas, na Primeira Batalha de Faluja.
A Segunda Batalha de Faluja, travada de 7 de novembro a 23 de dezembro de 2004, é considerada a maior a mais sangrenta da invasão americana ao Iraque. Foi o maior combate urbano enfrentado pelos fuzileiros navais dos EUA desde a Batalha da Cidade de Huê na Guerra Vietnã, em 1968. Pelo menos 1,2 mil rebeldes, 800 civis iraquianos, 95 soldados americanos, oito soldados iraquianos e quatro britânicos foram mortos.
Um dos principais objetivos era capturar Abu Mussab al Zarkaui, que se aliara à rede terrorista Al Caeda, transformando seu grupo em Al Caeda no Iraque. Pouco depois de sua morte, num bombardeio americano, em 7 de junho de 2006, a milícia passou a se chamar Estado Islâmico do Iraque, em 15 de outubro do mesmo ano.
Em 8 de abril de 2013, mudou de nome para Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Depois de tomar Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em 29 de junho de 2014, seu atual líder, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou um Califado com jurisdição universal e a organização passou a ser apenas Estado Islâmico.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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