As últimas forças do governo do Iraque abandonaram hoje a cidade de Ramadi, capital da província da Ambar, a maior do Iraque, entregando-o à milícia terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que saqueou o quartel da cidade, roubando grande quantidade de armas e munição, noticiou o jornal The New York Times. Pelo menos 500 civis, militares e líderes tribais foram mortos.
O primeiro-ministro Heidar al-Abadi convocou as milícias xiitas, que até agora não tinham sido chamadas porque a população majoritariamente sunita poderia tomar sua ofensiva por uma invasão e ficar ao lado do Estado Islâmico.
Ramadi caiu apesar dos intensos bombardeios dos Estados Unidos nas últimas semanas, desmoralizando a estratégia anunciada no mês passado pelo governo iraquiano para reassumir o controle de toda a província.
Foi a maior vitória militar do Estado Islâmico desde a conquista de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, em junho de 2014.
"Os corpos de homens, mulheres, crianças e guerreiros estão jogados pelo chão", admitiu o xeque Rafi al-Fahdaui, um líder tribal de Ramadi que estava hoje em Bagdá. "Todas as forças de segurança e líderes tribais fugiram ou foram mortos. É uma grande perda."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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