O ministro da Defesa da Coreia do Norte, Hyon Yon Chol, foi executado publicamente por suposta deslealdade com o ditador Kim Jong Un, denunciou um espião sul-coreano em depoimento no Parlamento da Coreia do Sul, noticia hoje a televisão pública britânica BBC.
De acordo com o depoimento, Hyon teria sido morto em 30 de abril por baterias de artilharia antiaérea diante de centenas de pessoas por dormir durante uma cerimônia com a presença de Kim e por "não ter completado seus deveres".
Há informes não confirmados de que 15 altos oficiais do regime comunista de Pionguiangue teriam sido mortos. Entre eles, dois eram vice-ministros que haveriam contrariado políticas de Kim, revelou a Agência Nacional de Inteligência da Coreia do Sul. Outro agente sul-coreano disse que pelo menos um alto funcionário público está sendo morto por semana dentro da campanha de Kim para se firmar no poder.
Hyon era pouco conhecido até ser promovido a general em 2010. No ano seguinte, ele participou da comissão organizadora do funeral do Querido Líder Kim Jong Il, pai de Kim Jong Un, um sinal de proximidade como o novo líder supremo. A execução do ministro da Defesa seria um indicador de instabilidade no governo da Coreia do Norte, o país mais fechado do mundo.
Sem condições de melhorar a situação econômica do país, apesar de uma tentativa frustrada de realizar reformas no estilo da China, Kim estaria investindo em segurança e defesa para preservar sua ditadura stalinista.
Há quatro dias, o governo norte-coreano divulgou imagens de um suposto teste de mísseis lançados de submarinos. Isso aumentaria substancialmente a capacidade militar do país. Dois dias depois, os EUA afirmaram que não houve teste de mísseis, mas de um sistema de ejeção a gás comprimido, uma etapa inicial do desenvolvimento de mísseis baseados em submarinos.
Em entrevista à televisão americana CNN, um dissidente que fugiu da Coreia do Norte há poucos anos previu a queda do regime em três anos. "Durante os três primeiros anos de Kim no poder, centenas de pessoas da elite foram executadas." Como o país é fechado e vive sob forte censura, essa alegação não foi confirmada.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário