Depois de uma grande desaceleração da economia durante o rigoroso inverno, as empresas dos Estados Unidos retomaram o ritmo forte de contratações em abril de 2015. O mercado de trabalho americano gerou 223 mil vagas de emprego a mais do que fechou. A taxa de desemprego caiu de 5,5% para 5,4%. É a menor em sete anos.
No relatório de emprego divulgado hoje, o saldo de empregos criados em março caiu de 126 mil da estimativa inicial para 85 mil. O dado de fevereiro foi levemente reajustado para cima, de 264 para 266 mil postos de trabalho.
A taxa de desemprego ampla, que conta os empregados em meio expediente e desempregados de longo prazo, caiu de 10,9% para 10,8%. O salário médio ficou em US$ 24,87 por hora, uma alta de 2,2% em 12 meses. A jornada de trabalho semanal média foi de 34 horas e meia.
O mau desempenho de março, o pior desde meados de 2012, foi atribuído a problemas temporários. Com o índice de desemprego se aproximando de 5%, considerada a taxa de pleno emprego pela maioria dos economistas, o mercado de trabalho volta a se perguntar quando a Reserva Federal (Fed), o banco central americano vai voltar a aumentar as taxas básicas de juros.
Para combater a Grande Recessão, desde dezembro de 2008, a taxa básica do Fed está em praticamente zero. No momento, os analistas preveem a retomada da alta de juros em setembro.
A taxa de crescimento da economia dos EUA caiu para apenas 0,2% ao ano no primeiro trimestre. Esse número deve ser revisado para baixo, tornando-se negativo, tendo em vista o forte aumento do déficit comercial.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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