A economia da Índia cresceu 7,3% no ano fiscal encerrado em 31 de março de 2015, anunciou hoje o ministério de estatísticas do país, superando os 6,9% registrados no ano anterior. Foi o maior avanço desde o ano fiscal que acabou em março de 2011.
Tudo indica que a Índia esteja ultrapassando a China como a grande economia emergente que mais cresce no mundo. No primeiro trimestre de 2014, a economia chinesa avançou em ritmo de 7% ao ano.
"Neste horizonte global nebuloso, a Índia é um ponto brilhante", comentou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, em palestra recente a estudantes em Nova Déli, a capital indiana.
O resultado é atribuído às políticas de estímulo ao investimento do primeiro-ministro nacionalista e conservador Narendra Modi, no poder há um ano. A produção industrial cresceu 7,1% e o setor de serviços, 11,5%. O pior desempenho foi no setor primário. Com a falta de chuva no ano passado, a produção agrícola avançou apenas 0,2%, o contrário do que aconteceu no Brasil.
Pelos dados do produto interno bruto do primeiro trimestre de 2015, divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura brasileira se expandiu em 4,7%, enquanto os serviços recuaram 0,7% e a indústria, 0,3%. A geração de riqueza recuou 0,2%.
Com a crise nos países ricos e a desaceleração do crescimento na China, a economia mundial precisa de um novo polo de forte crescimento. A Índia, com PIB de cerca de US$ 2,3 trilhões, ainda é cinco vezes menor do que a China, que tem um PIB de US$ 11,2 trilhões, mas ultrapassou o Brasil, estagnado em US$ 1,9 trilhão, para se tornar a sétima maior economia do mundo.
O Brasil cai para o oitavo lugar. Ainda é o sétimo pelo critério de paridade do poder de compra, mas nesta lista a Índia fica em terceiro, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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