quarta-feira, 13 de maio de 2015

Líderes do Senado resgatam negociação comercial de Obama

Menos de 24 horas depois de barrar o projeto para dar autoridade de promoção comercial ao presidente dos Estados Unidos para negociar acordos de liberalização do comércio, os líderes dos dois partidos chegaram a um acerto para dar sinal verde à Parceria Transpacífica, que criaria uma grande área de livre comércio incluindo o Japão.

Sob pressão do presidente Barack Obama, derrotado ontem pelo seu próprio partido, os senadores concordaram em votar primeiro uma lei de fiscalização de acordos internacionais de comércio com medidas para punir manobras desleais como manipulação cambial.

Depois, o Senado vai discutir os termos da autorização para o Executivo negociar a Parceria Transpacífica com 11 países da Australásia (Austrália, Brunei, Cingapura, Japão, Malásia, Nova Zelândia e Vietnã) e da América Latina (Canadá, Chile, México e Peru).

Junto com os EUA, os países geram uma riqueza anual de US$ 28 trilhões, 40% do produto global bruto, e são responsáveis por um terço do comércio internacional. A China não faz. Há uma nítida preocupação de Obama de impor as regras do jogo na Ásia antes que a China o faça.

A autorização para promoção comercial é necessária para que o acordo seja confirmado ou rejeitado pelo Senado num regime de tramitação rápida, sem emendas que exijam a renegociação com os outros parceiros. Assim, os senadores poderão votar a favor ou contra, mas não poderão mudar o acordo. Por isso, querem definir claramente os limites do mandato negociador do presidente.

Os deputados e senadores do Partido Democrata, de Obama, temem o impacto negativo da Parceria Transpacífica para os empregos e o meio ambiente.

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