A França vai se opor a um acordo nuclear com a República Islâmica do Irã se os inspetores internacionais não tiverem acesso irrestrito a todas as instalações nucleares do país, inclusive militares, advertiu ontem o ministro do Exterior francês, Laurent Fabius, em depoimento na Assembleia Nacional.
Como o Irã alega que seu programa nuclear é pacífico e não tem objetivos militares, o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, o ditador que manda de fato no país descartou a possibilidade de inspeções a instalações militares.
Na terça-feira, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) declarou à Agência France Presse que o Irã concordou em aplicar o protocolo adicional ao Tratado de Não Proliferação Nuclear que autoriza inspeções sem aviso prévio.
Além de Khamenei, o ministro do Exterior iraniano, Mohamed Javad Zarif, admitiu "algum acesso", mas não inspeções irrestritas, para "proteger nossos segredos econômicos e militares".
O Irã, as cinco grandes potências com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha têm até 30 de junho de 2015 para chegar a um acordo definitivo que impeça o programa nuclear iraniano de fabricar a bomba atômica. Em troca, as sanções internacionais ao Irã seriam levantadas gradualmente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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