sexta-feira, 15 de maio de 2015

Rei do blues B. B. King morre aos 89 anos

O cantor e guitarrista americano Riley Ben King, mais conhecido como B. B. King, o Rei do Blues, morreu ontem às 21h40 aos 89 anos em Las Vegas, nos Estados Unidos (1h40 de hoje em Brasília), anunciou seu advogado, Brent Bryson, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).

Seu prenome artístico, B. B., de Blues Boy, King ganhou no fim dos anos 1940s, quando animava um programa de uma rádio de Memphis, no Tennessee. O sobrenome de rei é de família. Era provavelmente o músico de blues mais famoso do mundo, um embaixador da música que nasceu do lamento dos escravos nas plantações de algodão do Sul dos EUA.

Doutor honorário da Universidade de Yale, King ganhou 15 prêmios Grammy e a Medalha da Liberdade, a mais alta condecoração civil do país. Mas recusava o título de Rei do Blues.

B. B. King nasceu em 16 de setembro de 1925 em Itta Bena, uma fazenda de algodão próxima da cidade de Indianola, no estado do Mississípi, no Sul dos EUA. Foi criado pela avó até os nove anos, quando ela morreu.

O primeiro contato com a música veio nos cantos do trabalho e da Igreja. Aos 14 anos, ganhou a primeira guitarra. Em 1943, ele começou a trabalhar na lavoura de algodão. Durante o serviço militar, King conheceu o jazz. Logo começou a tocar e cantar na rua.
Em maio de 1946, King decidiu viver da música e foi para Memphis, mas teve de voltar à lavoura antes de conseguir trabalho regular em Memphis, em 1948, num clube noturno e na rádio onde virou B. B.

Seu estilo característico, em que a guitarra é "um verdadeiro prolongamento da voz", nas palavras do biógrafo Sébastian Danchin, se define a partir do lançamento de Blind Love (Amor Cego), gravada em junho de 1953. Influenciou músicos como os Rolling Stones, Jimmy Page, Eric Clapton, John Mayall e Johnny Winter. Seu maior sucesso, The Thrill is Gone (A Emoção se Foi), foi lançado em dezembro de 1969.

Confira um grande show em 2011 no Royal Albert Hall, em Londres, com a participação de Ronnie Wood, guitarrista dos Stones, e Mick Hucknall, vocalista do Simply Red, entre outros amigos do Rei do Blues. Tem outra gravação fantástica com Jimi Hendrix em show no Generation Club, em Nova York, em 1968, mas só de áudio.

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