Maior fabricante de automóveis do mundo, a companhia japonesa Toyota espera um lucro recorde no ano fiscal que termina, no Japão, em 31 de março de 2016, no embalo de um iene mais fraco e uma demanda mais forte nos Estados Unidos por seus veículos utilitários esportivos, informa o jornal The Wall Street Journal.
Será o terceiro lucro anual recorde consecutivo. Pelos resultados divulgados hoje, no ano fiscal encerrado em 31 de março passado, o faturamento da Toyota subiu 6% para o equivalente a US$ 227 bilhões, gerando lucros 19% maiores, de US$ 18,08 bilhões.
Pelo segundo ano seguido, o lucro da Toyota foi superior aos ganhos da Volkswagen e da General Motors somados. A VW é a segunda maior empresa do setor automobilístico e a GM, a terceira. Neste ano fiscal, o crescimento do lucro deve ser menor.
"Este ano será decisivo para a Toyota saber se pode dar um passo firme rumo a um crescimento estável ou se vai voltar aos velhos caminhos", declarou o presidente Akio Toyoda ao divulgar os dados sobre o desempenho da companhia.
Neto do fundador da empresa, Toyoda a recolocou em crescimento depois de um prejuízo seis anos atrás, o primeiro em 70 anos de história da Toyota. Os problemas foram causados na época pelo recolhimento de mais de 9 milhões de veículos da empresa com defeitos de fabricação em 2009.
Para superar a GM, que era líder do setor há 77 anos, e se tornar a maior do mundo, em 2008, a Toyota deixara cair seu famoso controle de qualidade. Em março de 2014, pagou uma multa de US$ 1,2 bilhão à Justiça dos EUA por esconder defeitos causadores de acidentes graves.
De lá para cá, houve novos recolhimentos, de mais de 7 milhões de veículos com problemas nos air bags, os sacos de ar que se inflam automaticamente em caso de acidente para amortecer o choque. Mas, como indicam os números, a Toyota retomou seu programa de qualidade total.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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