O terrorista Djokhar Tsarnaev, condenado pelo atentado terrorista contra a Maratona de Boston, nos Estados Unidos, em 15 de abril de 2013, foi sentenciado hoje à pena de morte depois de 14 horas de deliberações do tribunal do júri, noticiou há pouco a rede de televisão americana CNN.
Ainda cabe recurso, mas o especialista em direito da CNN Jeffrey Toobin observou que na maioria dos casos a pena de morte não é revogada: "É muito mais provavél que ele seja morto". O estado de Massachusetts, onde Boston é a capital, não condena à morte. Mas, como foi um ato de terrorismo, Djokhar foi julgado com base na lei federal.
Três pessoas morreram e 266 saíram feridas quando os irmãos Tsarnaev explodiram duas bombas caseiras improvisadas em panelas de pressão perto da chegada da maratona, no centro de Boston, há dois anos. Muçulmanos com origem na república russa da Chechênia, eles tinham se naturalizado americanos.
Um policial foi morto três dias depois, durante a perseguição aos terroristas, quando o FBI, a polícia federal dos EUA, revelou suas identidades. O irmão mais velho e mentor do ataque, Tamerlan Tsarnaev, morreu em confronto com a polícia quatro dias depois do atentado, em 19 de abril.
A defesa tentou jogar toda a maior culpa no irmão morto, alegando que Djokhar foi manipulado e não merece ser executado. Era a esperança de trocar a morte por prisão perpétua.
Djokhar foi condenado por todas as 30 acusações da denúncia; 17 podem ser punidas com a morte. Seis foram usadas para justificar a decisão de hoje.
Ao ouvir a sentença, ele não expressou qualquer emoção. Se o apelo não for aceito, será executado com uma injeção letal. Antes de se esgotarem todos os recursos possíveis, devem se passar ao menos quatro anos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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