quarta-feira, 2 de maio de 2018

Manifestantes fecham estradas em mais protestos na Armênia

As manifestações de protesto retomaram a força hoje na Armênia, com bloqueio de ruas, estradas e estações de trem e de metrô, um dia depois que a Assembleia Nacional rejeitou a indicação do líder da oposição, o deputado Nikol Pashinian, para primeiro-ministro, informou a Rádio Europa Livre, financiada pelo Congresso dos Estados Unidos. Os protestos devem continuar até nova votação para escolher um chefe de governo, em 8 de maio.

Os armênios saíram às ruas em 13 de abril para impedir o ex-presidente Serge Sarkissian de se tornar primeiro-ministro depois de dez anos e dois governos medíocres em que a economia não avançou e a pobreza aumentou. Ele desistiu em 23 de abril.

Ex-jornalista crítico da corrupção no governo, Pashinian só conseguiu um voto do Partido Republicano da Armênia, liderado por Sarkissian, depois de liderar o movimento por seu afastamento.

Até agora, as manifestações chegaram a reunir 100 mil pessoas na capital armênia, Ierevã, mas foram pacíficas e a reação das autoridades, moderada.

A Rússia, que mantém a Armênia em sua esfera de influência, com 5 mil soldados russos para defender esta ex-república soviética, acompanha com atenção, mas não espera mudanças na política externa.

Durante o debate na Assembleia Nacional, Pashinian deixou claro que vai manter a aliança com a Rússia, essencial para a segurança da Armênia, diante do conflito com a ex-república soviética do Azerbaijão pelo território de Nagorno-Karabakh e da inimizade histórica com a Turquia, que acusa de genocídio durante a Primeira Guerra Mundial.

Se a situação degenerar em caos e anarquia e as relações bilaterais estiverem ameaçadas, a Rússia pode intervir.

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