quinta-feira, 3 de maio de 2018

Arábia Saudita espera retomar crescimento em 2018

Depois da cair em recessão no ano passado, a Arábia Saudita está a caminho de uma recuperação neste ano, afirmou em Riade o ministro das Finanças, Mohammed al-Jadaan, em entrevista ao jornal britânico Financial Times.

A expectativa oficial é de uma expansão acima de 2%, superior à previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 1,7%, com queda no déficit orçamentário para 7% do produto interno bruto, de US$ 684 bilhões em 2017, depois de chegar a 13% em 2016 por causa da baixa nos preços do petróleo.

"A maior parte do crescimento será no setor não petrolífero, que é o que queremos. Também atinge nosso objetivo de desenvolver o setor privado", declarou o ministro. Ele destacou a importância de um plano de estímulo à iniciativa privada de US$ 19 bilhões, inclusive nos setores de educação e saúde.

Na sua opinião, a campanha anticorrupção deflagrada pelo príncipe herdeiro, Mohamed ben Salman, criou "um ambiente de negócios melhor", apesar das preocupações de investidores internacionais com as denúncias contra algumas das pessoas mais ricas da Arábia Saudita.

"O desempenho fiscal, a disciplina governamental e o crescimento da renda das pequenas e médias empresas enviam a mensagem correta, de que as coisas estão se movimentando na direção correta e que hoje há um ambiente melhor para investimentos do que em novembro", acrescentou Jaddan.

A campanha confiscou mais de US$ 100 bilhões de príncipes e altos funcionários, inclusive o homem mais rico do país, Alwaleed ben Talal. O príncipe Mohamed foi aos Estados Unidos, à França e ao Reino Unido em busca de investimentos, mas, até agora, pouco foi anunciado.

Seu plano de vender 5% das ações da companhia estatal de petróleo Saudi Aramco, maior empresa do mundo, com reservas de mais de 270 bilhões de barris e valor estimado de US$ 2 trilhões a US$10 trilhões, foi adiado para 2019. A expectativa é que seja um marco, uma mudança de paradigma para diversificar a economia saudita e reduzir a dependência do petróleo até 2030.

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