sexta-feira, 4 de maio de 2018

Taxa de desemprego cai para 3,9% nos EUA

A maior economia do mundo registrou em abril um saldo de 164 mil novos postos de trabalho, abaixo da expectativa dos analistas, que era de 195 mil, revelou hoje o relatório mensal de emprego do Departamento do Trabalho. Mas a taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, caiu de 4,1% para 3,9%, o menor índice desde dezembro de 2000, antes do estouro da bolha das empresas de Internet.

O emprego aumentou principalmente na indústria manufatureira e nos setores de saúde e contabilidade, mas o saldo de vagas ficou abaixo das médias deste ano, de 200 mil novos empregos por mês, e do ano passado, quando ficou em 182 mil.

O mercado de trabalho dos Estados Unidos cresce sem parar há 7 anos e 7 meses, desde outubro de 2010. É o período mais longo da história. A economia cresce sem parar há 8 anos e 11 meses. O desemprego chegou a um pico de 10% em outubro de 2009, no auge da Grande Recessão, deflagrada pela falência do banco Lehman Brothers, em setembro de 2008.

Nos últimos 70 anos, a taxa de desemprego caiu poucas vezes abaixo de 4%, durante a Guerra da Coreia (1950-53), a Guerra do Vietnã (1964-71) e o surgimento das chamadas empresas ponto com, no início do século 21. Em todos esses casos, a inflação em alta e a indisciplina financeira geraram recessões.

Apesar da euforia no mercado financeiro, abalada pelo risco de guerra comerciais deflagrada pelo governo Donald Trump, a inflação está sob controle e se aproxima da meta perseguida informalmente pelo Conselho da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, de 2% ao ano.

Com o desemprego abaixo de 5%, considerado o "índice natural de desemprego" pelos economistas, a tendência é que a escassez de mão de obra pressione os salários para cima, gerando inflação. Mas os salários cresceram em média apenas 2,6% nos últimos 12 meses.

Ao fim de sua última reunião, nesta semana, o Comitê de Mercado Aberto do Fed não aumentou as taxas básicas de juros. Indicou que vai fazer isso, como parte da normalização da política monetária. O mercado espera mais três altas de juros em 2018.

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