quinta-feira, 3 de maio de 2018

Grupo separatista basco ETA anuncia sua extinção

Seis anos e meio depois da abandonar o terrorismo e a luta armada, o movimento separatista Pátria Basca e Liberdade (ETA) comunicou publicamente sua dissolução, sem atingir o objetivo de criar um país basco independente e socialista unindo províncias do Nordeste da Espanha e do Sul da França, informou o jornal espanhol El País.

Com 378 palavras, a Declaração Final da ETA ao Povo Basco tenta justificar a luta armada sem reconhecer os danos causados às vítimas de suas ações terroristas. De acordo com o Ministério do Interior da Espanha, foram 854 assassinatos, 79 sequestrados, dos quais 12 assassinados, e 6.389 feridos.

A ETA nasceu em 1959, sob a ditadura do generalíssimo Francisco Franco, e aderiu à luta armada em 1968, na onda dos movimentos de libertação nacional de esquerda dos anos 1960s, quando o franquismo se aproximava do fim. Cometeu atos terroristas durante seis anos de franquismo e 36 entre a transição e a democracia. Foram 7% na ditadura e 93% na transição e na democracia.

Sob o pretexto de criar uma república socialista basca, tentou desestabilizar a democracia espanhola e o governo autônomo da região basca. Em 1979 e 1980, matou 244 pessoas para tentar impedir a criação do primeiro governo basco desde a Guerra Civil Espanhola (1936-39).

Quando o coronel Antonio Tejero Molina deu tiros dentro do Parlamento espanhol em ataque à democracia, em 23 de fevereiro de 1981, citou a ETA como desculpa para o golpe fracassado.

Nenhum comentário: