Com uma queda de 0,9% no consumo pessoal em 12 meses, a economia do Japão passou no primeiro trimestre de 2018 por sua primeira contração em bases anuais desde o último trimestre de 2015. Em mais uma derrota das políticas de estímulo do primeiro-ministro Shinzo Abe, o produto interno bruto da terceira maior economia do mundo, de US$ 4,9 trilhões em 2017, recuou 0,6% no início de 2018.
Na comparação trimestral, o PIB japonês caiu 0,2% no primeiro trimestre, a taxa que economistas ouvidos pela agência de notícias Reuters esperavam para 12 meses.
É o fim do período de crescimento mais longo desde 1989, no auge do Super Japão. Mas os analistas ouvidos pelo jornal inglês Financial Times não esperam uma recessão. Aguardam a segunda estimativa do PIB do primeiro trimestre, a ser divulgada em 8 de junho.
A expansão do quarto trimestre de 2017 foi revisada para baixo, de 1,6% para 0,6% ao ano. Em relação ao trimestre anterior, diminuiu de 0,4% para 0,1%.
A maior responsável pela contração da economia japonesa foi o consumo pessoal. Na comparação trimestral, caiu 0,3%, enquanto o investimento no setor habitacional recuou 2,1%.
Apesar da contração, em março, os salários registraram aumento médio de 2,1% ao ano. O índice de desemprego está em 2,5%. É um dos menores do mundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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