quarta-feira, 2 de maio de 2018

Estado Islâmico ataca sede da comissão eleitoral da Líbia

A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por um ataque em que terroristas suicidas e atiradores atacaram a sede central da comissão eleitoral da Líbia, em Trípoli, a capital do país. Pelo menos 11 pessoas foram mortas e o prédio foi incendiado, noticiou hoje a agência Reuters.

O ataque é mais uma tentativa de tentar impedir a organização de eleições a serem realizadas até o fim do ano como parte do esforço das Nações Unidas para criar um governo nacional capaz de unir, estabilizar e pacificar a Síria depois de anos de anarquia.

Sete anos depois da revolução e queda da ditadura de 42 anos do coronel Muamar Kadafi, com intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar liderada pelos Estados Unidos, com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas, três governos provisórios disputam o poder.

A Câmara dos Deputados com sede em Tobruk e seu governo, liderado pelo primeiro-ministro Abdullah al-Thani, é o principal órgão legislativo do Acordo Político Líbio. Mas seu controle é limitado, assim como de seu aliado, o general Khalifa Hifter, comandante do autoproclamado Exército Nacional da Líbia, fundado há quatro anos.

Com quartel-general em Bengázi, no Leste do país, este exército não conseguiu avanços importante no Oeste nos últimos 12 meses.

No Oeste da Líbia, onde fica a capital, Trípoli, o poder está nas mãos do Governo do Acordo Nacional e seu conselho presidencial, liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Serraj, reconhecido pela ONU como o governo oficial da Líbia. Mas o poder de fato está com as milícias de Trípoli, Zintã, Missurata e outras cidades. Elas sabem que o Exército Nacional não tem força para assumir o controle do país inteiro.

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