quarta-feira, 30 de maio de 2018

EUA voltam a ameaçar a China com imposição de tarifas de importação

Depois de uma breve trégua de pouco mais de uma semana, os Estados Unidos voltaram a pressionar a China, ameaçando impor tarifas de importação sobre produtos chineses na tentativa de reduzir o déficit no comércio bilateral, que no ano passado chegou a US$ 375 bilhões.

Até meados de junho, os EUA vão apresentar uma lista de produtos importados no valor de US$ 50 bilhões por ano a serem taxados em 25%, sob a alegação de que a China leva vantagem sobre em propriedade intelectual e transferência de tecnologia. E vão continuar processando a China na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Os EUA também vão restringir investimentos e exportações de setores de alta tecnologia para tentar retardar o desenvolvimento chinês num setor essencial para a manutenção da superioridade militar americana. O alvo principal é o programa Made in China 2025.

"Há muitos anos, a China usa práticas industriais e comerciais injustas - inclusive dumping, barreiras discriminatórias, transferência forçada de tecnologia, excesso de capacidade e subsídios à indústria - que favorecem firmas chinesas e tornam impossível a competição de empresas americanas no mesmo nível", declarou em nota a Casa Branca.

"Os custos destas políticas para a indústria americana continuam crescendo", acrescentou a nota:

  • O roubo de propriedade intelectual pela China custa bilhões de dólares a cada ano aos inovadores americanos.
  • A China é responsável por 87% dos produtos falsificados apreendidos ao tentar entrar nos EUA.
  • Beijim proibiu as importações de carne de aves, tirando de seu mercado os agricultores e fazendeiros americanos.
  • Os EUA cobram tarifa de 2,5% sobre carros importados da China, enquanto a China mantém uma tarifa de 25% sobre carros americanos.

A resposta chinesa será dada diretamente ao secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, que visita à China de 2 a 4 de junho.

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