domingo, 20 de maio de 2018

Ditadura da Venezuela anuncia reeleição de Maduro

Sob descrédito generalizado dentro e fora da Venezuela, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, anunciou há pouco a reeleição do ditador Nicolás Maduro para um segundo mandato presidencial de seis anos na Venezuela, noticiou o jornal venezuelano El Nacional.

De acordo com a comissão, subserviente ao regime chavista, com 92% das urnas apuradas, Maduro tinha 5.823.728 votos (68%) contra 1.820.522 (21%) para o chavista dissidente Henri Falcón, 925.042 para o pastor evangélico Javier Bertussi e 34.214 para Reinaldo Quijada, dissidente que prometeu resgatar o chavismo do tempo de Hugo Chávez.

A participação teria sido de 48% do eleitorado, projetou Lucena, afirmando terem sido escrutinados até aquele momento 8.606.936. Ninguém acredita nestes números.

Com hiperinflação prevista para 13.000% neste ano, queda de 45% do produto interno bruto desde a ascensão de Maduro, em 2013, desabastecimento generalizado e remédios, alimentos e produtos básicos, os maiores índices de criminalidade e violência do mundo, ao lado de El Salvador e Honduras, e redução à metade da produção de petróleo, a Venezuela enfrenta a pior crise econômica de uma economia relativamente desenvolvida na era moderna.

Até agora, o maior desastre econômico da história contemporânea da América Latina foi o dramático fim da dolarização do peso argentino, em 2001. Cerca de 58% dos argentinos caíram na miséria. Agora, na Venezuela, são 81% abaixo da linha de pobreza. Uma dúzia de ovos pode custar mais de mil dólares.

A situação é catastrófica e o pior vem a seguir. Com as políticas do "socialismo do século 21", Maduro não vai resolver nenhum desses problemas. Na semana passada, a empresa transnacional Kellogg's anunciou a saída da Venezuela.

Ao que tudo indica, só um golpe militar dentro do próprio regime será capaz de depor Maduro. Com milícias armadas patrulhando as ruas, há sério risco de mais uma tragédia latino-americana.

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