Nesta segunda-feira, o Exército da Nigéria anunciou a libertação de mais de mil pessoas que eram reféns da milícia extremista muçulmana Boko Haram em vilas do município de Bama, no estado de Borno, no Nordeste do país, informou o jornal nigeriano Daily Post.
O resgate foi realizado por soldados da 22ª Brigada da Operação Lafiya Dole e da Força-Tarefa Conjunta Multinacional, uma aliança com países da região (Benin, Camarões, Chade, Níger e Nigéria) para combater o terrorismo islâmico, informou em Maiduguri, a capital de Borno, o diretor de relações públicas do Exército, general Texas Chukwu.
De acordo com o general, a maioria dos reféns era de mulheres, crianças e jovens recrutados à força para lutar pelo Boko Haram. A operação atacou os rebeldes nas vilas Amchaka, Gora, Malamkari e Walasa.
"O Exército nigeriano queria lembrar o público de sua determinação de acabar com o Boko Haram e de libertar todos os reféns", declarou o general Chukwu. "O público também é aconselhado a denunciar qualquer pessoa suspeita para ação imediata das autoridades competentes."
Desde que o Boko Haram aderiu à luta armada para impor a lei islâmica à Africa Ocidental, cerca de 20 mil pessoas morreram na guerra civil do grupo contra a Nigéria, o Níger, o Chade e Camarões.
Em março de 2015, o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, jurou lealdade à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Desde então, o grupo se apresenta como a Província do Estado Islâmico na África Ocidental.
Mas o Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental, se dividiu. Outra parte aderiu à Vanguarda para Proteção dos Muçulmanos nas Terras Negras (Ansaru), o ramo da rede terrorista Al Caeda na África subsaariana, ao sul do Sahel.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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