quinta-feira, 3 de maio de 2018

China instala mísseis em áreas disputadas do Mar do Sul da China

Nos últimos 30 dias, a China consolidou a ocupação militar do Mar do Sul da China, instalando mísseis antiaéreos e antinavios em ilhas artificiais construídas ilegalmente, noticiou ontem a televisão americana CNBC, especializada em economia. As águas territoriais são disputadas pela China com Brunei, as Filipinas, a Malásia, Taiwan e o Vietnã.

O regime comunista chinês reivindica a soberania sobre 90% da superfície do Mar do Sul da China com base em mapas antigos rejeitados pela Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda, em reclamação feita pelas Filipinas. Acaba de quebrar a promessa de não militarizar os recifes que transformou em ilhas artificiais.

A notícia atrapalha as negociações iniciadas hoje para evitar uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, que ainda não confirmaram a instalação dos mísseis. No mês passado, a China fez sua maior manobra de treinamento naval perto da ilha de Hainã. Três navios italianos que passaram pelo mar foram advertidos.

As relações da Austrália com a China, sua maior parceira comercial, se deterioraram desde que o governo australiano começou a combater a influência chinesa no país. O governo australiano está proibindo o fim de contribuições eleitorais vindas do exterior. A China protestou contra "a mentalidade da Guerra Fria e o viés ideológico" do que chamou de "típica histeria anti-China".

Os EUA fazem regularmente "operações de liberdade de navegação" no Mar do Sul da China. A Austrália não faz o mesmo deliberadamente.

Com seu extraordinário desenvolvimento econômico e a rápida ascensão a superpotência, a China intimida cada vez mais seus vizinhos. Ontem, fez um treinamento naval com munição real no Estreito de Taiwan.

Depois de uma dessas manobras militares, o ditador Xi Jinping declarou a bordo de um contratorpedeiro que a China precisa criar a maior força naval do mundo, o que a coloca em rota de colisão com os EUA.

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