A empresa estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA) aceitou ontem pagar US$ 2 bilhões à companhia petrolífera americana ConocoPhillips para que a Justiça de Curaçao, uma colônia da Holanda, levante a hipoteca sobre seus bens e ativos.
No início do mês, tribunais holandeses nas ilhas de Bonaire, Curaçao e Santo Eustáquio determinaram a indisponibilidade de bens da PdVSA, inclusive petróleo bruto, uma refinaria e terminais de exportações de petróleo.
Em abril, um painel de arbitragem da Câmara de Comércio Internacional decidiu que a PdVSA deve pagar US$ 2 bilhões de compensação à ConocoPhillips pela nacionalização da filial da empresa na Venezuela em 2007, durante o governo Hugo Chávez.
Sob o "socialismo do século 21" do chavismo, a Venezuela engendrou a pior crise econômica da história da América, superando a Grande Depressão (1929-39) nos Estados Unidos. Duas décadas de incompetência gerencial, clientelismo e corrupção e a forte queda nos preços do petróleo desde junho de 2014 deixaram na miséria 81% dos habitantes do país com as maiores reservas mundiais de petróleo.
Agora, quando o preço do petróleo volta a superar os US$ 70 por barril, a PdVSA está totalmente sucateada, com a produção reduzida à metade para cerca de 1,4 milhão de barris por dia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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